Os seres humanos são seres sociais. Mesmo que alguém seja considerado introvertido, todos necessitamos de interação e ligação . “As conversas com um idoso devem ser divertidas. Envolvem interações pessoais entre duas ou mais pessoas sobre algo de interesse. Mas muitas pessoas preocupam-se com o ato de conversar. Têm receio de não conseguir manter a conversa ou de não saber o que dizer” (Excerto de Conversation Skills). O nosso familiar tem uma riqueza de histórias, sabedoria e memórias para partilhar. Os idosos também estão interessados em tudo sobre a sua vida. Dependendo da situação do seu familiar, algumas destas dicas podem ajudar a tornar as conversas mais agradáveis.
Se o seu familiar idoso tem dificuldades auditivas:
Sente-se de forma a que ele possa ver facilmente o seu rosto, para apoio visual e leitura labial. Tenha o cuidado de não tapar a boca com a mão enquanto gesticula. Elimine ruídos de fundo, como televisores ou rádios. Fale de forma clara e, se necessário, um pouco mais alto do que falaria com alguém sem problemas de audição, mas não grite. Tenha paciência se o seu familiar lhe pedir para repetir algo que não ouviu bem. Pode encontrar mais dicas para falar com alguém com perda auditiva aqui.
O seu familiar tem demência ou dificuldades de memória? Se sim, considere qual a melhor altura do dia para se sentarem e conversarem. O seu familiar está mais lúcido de manhã? A repetição de perguntas ou conversas é um dos comportamentos mais comuns na demência e um dos mais frustrantes para familiares e amigos. Tanto quanto possível, responda com paciência às mesmas perguntas. Pode dar pistas visuais para ajudar a pessoa a lembrar-se. Por exemplo, desenhe um círculo numa data de um calendário em papel e escreva o nome do evento sobre o qual o seu familiar continua a perguntar. Redirecione calorosamente a conversa para algo que não exija que a pessoa pense no futuro. Em vez de perguntar “o que queres para o jantar?”, pode falar sobre pratos favoritos. Se a dificuldade for a memória de curto prazo, mas a memória de longo prazo ainda estiver intacta, então fale sobre algo do passado. “Conta-me o que fizeste nas tuas férias preferidas quando eras jovem”. Pode encontrar mais dicas sobre como comunicar com alguém com demência aqui.
Mesmo que o seu familiar não tenha dificuldades auditivas nem de memória, pode ser difícil saber sobre o que conversar com alguém que está numa fase da vida muito diferente da sua. Neste caso, pense em alguns tópicos para iniciar conversa. Pode ficar surpreendido com a forma como estas perguntas levam a conversas fascinantes que envolvem os teus entes queridos e o ajudam a descobrir coisas que não sabia sobre eles.
Aqui estão algumas perguntas exemplo para começar:
O que fazes para tornar o mundo um lugar melhor?
Quando eras pequeno/a, quem cuidava de ti quando não estavas na escola?
Se pudesses escolher uma música como o teu “hino”, qual seria e porquê?
Que desportos gostas ou gostavas de praticar? E de ver?
Alguma vez tiveste de defender alguém ou algo em que acreditavas? O que te motivou?
Qual é uma regra pela qual tentas viver? Lembras-te onde e quando a aprendeste?
Estas perguntas, que foram partilhadas pela organização Bridges Together (já extinta), podem ajudar a criar diálogos significativos entre pessoas de todas as idades e origens sociais. É também uma forma saudável de manter a mente ativa. Boas conversas!
O envelhecimento ativo e a harmonia familiar, aliados ao apoio domiciliário, representa uma abordagem integrada e humanizada para responder às necessidades da população idosa.
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