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Publicado em 17 Out, 2025

Importante! Cuidar de si para melhor cuidar dos outros

a importância do autocuidado para quem tem que cuidar de terceiros

Já reparou que quando viajamos de avião os comissários insistem sempre na mesma regra? “Coloque primeiro a sua máscara de oxigénio antes de ajudar quem está ao seu lado”. Parece frio, até um pouco egoísta, não é? Mas faz sentido. Se não respirarmos nós, não temos força para salvar ninguém. Ora, no quotidiano de quem está a cuidar de pais envelhecidos, de um tio com fragilidades ou até daquele vizinho que se tornou “quase família”, a lógica é exatamente a mesma.

Muitos familiares (e dizemos isto com carinho, não como crítica) mergulham num ciclo de dar, dar, dar, até ficarem exaustos. E, de repente, descobrem-se sem paciência, sem energia, às vezes até sem saúde.

“Mas eu tenho de ser forte, eles precisam de mim” é uma frase que ecoa nas cabeças de muitos cuidadores. Só que a força não se constrói na negação das próprias necessidades, mas no equilíbrio entre dar e receber.

O corpo que pede tréguas

Há sinais claros, só que tendemos a ignorá-los. Uma dorzinha persistente nas costas. A irritação que aparece do nada. O sono trocado. Pequenos esquecimentos. Tudo indícios de que estamos a ir para além do nosso limite. É como andar sempre com o depósito do carro na reserva. Chega um momento em que o motor engasga.

E aqui entra o autocuidado. Não é luxo, não é egoísmo. É ferramenta. É gasolina.

Pode ser tão simples quanto reservar 15 minutos diários para caminhar, desligar o telemóvel durante o jantar ou marcar aquela consulta que anda a adiar há meses.

Emoções à flor da pele

Outra dimensão é a carga emocional. Cuidar de alguém que depende de nós pode ser profundamente gratificante, mas também esgotante. Ouvimos histórias repetidas mil vezes, respondemos às mesmas perguntas, lidamos com medos e dores que não são só deles, são nossos também.

E, convenhamos, há dias em que a paciência se evapora. Quem nunca perdeu a calma por segundos, para depois se culpar, que atire a primeira pedra.

Aceitar a própria vulnerabilidade é parte do autocuidado. Conversar com amigos, procurar grupos de apoio, ou até falar com um psicólogo pode ser tão vital quanto medir a tensão arterial. Porque saúde mental não é “extra”, é pilar e é fundamental para quem está a cuidar.

Delegar não é falhar

Aqui chegamos a um ponto delicado e que é pedir ajuda. No nosso país ainda paira a ideia de que “os filhos é que têm de cuidar dos pais”. É bonito, é cultural, mas é também uma receita para o burnout.

Delegar tarefas ou contratar serviços de apoio domiciliário não significa menos amor. Pelo contrário, é um gesto de inteligência emocional. É garantir que o idoso recebe cuidado de qualidade sem que o cuidador se destrua no processo.

Há empresas especializadas (como a Caring) que oferecem exatamente este suporte. Desde ajuda nas rotinas diárias até acompanhamento mais especializado. O objetivo não é substituir a família, mas reforçar a rede. Criar espaço para que os filhos voltem a ser filhos e não apenas cuidadores. O autocuidado não é traição. É investimento para quem precisa de cuidar. É regar a própria árvore para que dê sombra e frutos.

E então, o que fazer na prática?

Não existem receitas mágicas, mas há algumas pistas que podem ajudar.

  • Rotinas pequenas, consistentes: acordar 10 minutos mais cedo para beber café em silêncio pode mudar o tom do dia.
  • Exercício adaptado: não precisa de maratonas, uma caminhada já é excelente.
  • Tempo social: não se isole. Almoçar com amigos ou telefonar a um familiar.
  • Sono: mais vale dormir 7 horas seguidas do que viver de cafés.
  • Profissional de apoio: quando sentir que está “a rebentar pelas costuras”, talvez seja altura de chamar ajuda extra.

Se chegou até aqui, provavelmente está a viver (ou prestes a viver) essa realidade: equilibrar o papel de filho, profissional, pai ou mãe de filhos pequenos… e ainda cuidar de um idoso. É muito. É bonito, mas é muito.

Por isso, deixamos-lhe um convite que não é apenas institucional. Cuide de si. Mesmo. Respire, ria, durma ou dance, se quiser. Porque, acredite, só assim poderá dar o melhor de si a quem mais ama.

E, se precisar de apoio, lembre-se de que não está sozinho. Há serviços feitos para aliviar o peso de cuidar de alguém, sem roubar o afeto. Pelo contrário, para o multiplicar.

 

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